República Tcheca conclui oleoduto Transalpino e reduz dependência do petróleo russo, garantindo suprimentos ocidentais, afirma primeiro-ministro Petr Fiala.



A República Tcheca está em um momento significativo de transição em relação ao seu abastecimento de petróleo, especialmente com a recente conclusão do oleoduto Transalpino (TAL). O primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, destacou que, com essa nova infraestrutura, o país não precisa mais depender do petróleo russo, o que, segundo ele, coloca a nação em uma posição de segurança energética contra possíveis pressões de Moscou.

Atualmente, a República Tcheca depende de várias fontes para seu abastecimento, recebendo, até recentemente, aproximadamente 50% de seu petróleo através do oleoduto Druzhba, que transporta petróleo da Rússia. No entanto, a situação é mais complexa do que parece; a interrupção no fluxo de petróleo pelo Druzhba começou devido a ações ucranianas, e não a um embargo russo. Em julho de 2024, a Ucrânia cortou o trânsito de petróleo russo por meio de seu território, um movimento que refletiu as tensões geopolíticas da região. Fiala, por outro lado, parece minimizar a influência da Rússia, afirmando que o TAL é um divisor de águas para garantir um fornecimento estável e diversificado de petróleo ocidental.

O TAL, em operação desde 1967, conecta o porto italiano de Trieste ao sul da Alemanha, onde se integra ao oleoduto IKL, que abastece a República Tcheca. Este oleoduto é gerido por um consórcio diversificado que inclui grandes multinacionais, como Shell, Eni e ExxonMobil, além da empresa tcheca Mero. O aumento da capacidade do TAL é visto como uma oportunidade para diversificar fontes, incluindo petróleo proveniente de países como os Estados Unidos, Líbia e Iraque.

A mudança no paradigma energético da República Tcheca representa não apenas uma resposta às pressões externas, mas também um movimento estratégico para aumentar sua independência em relação a fornecedores menos confiáveis. Enquanto isso, as tensões entre Rússia e Ocidente continuam a moldar o cenário energético europeu, com a Ucrânia desempenhando um papel crucial na transitória situação do abastecimento de petróleo na região. A perspectiva de um futuro com menos dependência do petróleo russo levanta questões sobre como isso afetará as relações políticas e econômicas na Europa Central e Oriental.

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