Repórter incansável: os desafios e conquistas de Cristina Ávila na investigação do impacto da Transamazônica nos povos indígenas.



A vida de um repórter é uma escolha que nasce de dentro, é uma imposição que não se desliga nem por um segundo. Grandes repórteres são inquietos, curiosos, destemidos e estão sempre buscando novas histórias para contar. É o caso de Cristina Ávila, uma gaúcha que cresceu nos pampas e, insatisfeita com a limitação de horizontes, decidiu se aventurar na Amazônia, onde vive há muitos anos.

Cristina tem quase 70 anos e mais de 40 dedicados ao jornalismo. Conheço-a há mais de 30 anos e nunca a vi sem estar em busca de uma nova reportagem. Atualmente, ela está imersa na Terra Indígena Cachoeira Seca, dos Arara, às margens do Rio Iriri, no Pará. Desde os anos 1980, quando deixou o Sul e foi para Rondônia, Cristina se especializou em temas indígenas, trabalhando em jornais locais e no Conselho Indigenista Missionário.

Sua mais recente pesquisa, que já dura mais de uma década, foca no impacto da abertura da Transamazônica sobre os povos indígenas, sendo os Arara um dos mais afetados. Para coletar informações para o livro-reportagem que está escrevendo, Cristina utilizou diversos meios de transporte, desde ônibus até uma pequena canoa motorizada adaptada para viagens.

Em suas idas à aldeia dos Arara, Cristina experimentou a dieta frugal dos indígenas, que inclui carne de macaco, tripa de tartaruga e peixes diversos. Apesar da autorização do cacique para estar ali, ela enfrenta desafios na interação com os indígenas que não estão acostumados com estranhos. No entanto, momentos surpreendentes acontecem, como a descoberta de uma foto de Sidney Possuelo, importante sertanista brasileiro, levando o jovem Akitu em sua primeira interação com não indígenas.

O livro-reportagem de Cristina promete ser uma imersão profunda na história dos povos indígenas da Amazônia e em sua resistência ao longo dos séculos. A jornada da repórter é um exemplo de coragem e dedicação à causa indígena, mostrando que, assim como os povos originários, ela também está disposta a resistir e a contar suas histórias.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo