Relatório parcial da qualidade da água da laguna Mundaú é apresentado por IMA/AL e UFAL após rompimento da mina 18

Instituto do Meio Ambiente e Universidade Federal de Alagoas apresentaram relatório sobre qualidade da água da laguna Mundaú

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) realizaram uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18) para apresentar os resultados parciais de um relatório sobre a qualidade da água na laguna Mundaú, após o rompimento da mina 18. A análise foi realizada com foco nos parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água superficial da laguna.

Durante a coletiva, os pesquisadores e representantes do laboratório do órgão ambiental afirmaram que os dados encontrados não podem ser diretamente atribuídos ao colapso da mina 18, que ocorreu no dia 10 deste mês. Isso porque as informações levantadas foram comparadas com análises de períodos anteriores, que também indicaram altos níveis de condutividade elétrica, cloretos e salinidade.

Segundo os especialistas, os dados mostram a presença de coliformes termotolerantes em grande quantidade, o que indica a contaminação por esgotos domésticos e dejetos animais. A laguna Mundaú faz parte do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú – Manguaba (CELMM) e está conectada ao mar, o que causa variações na qualidade e no volume da água devido às mudanças das marés.

Existem diversas fontes poluidoras na região, incluindo esgotos, o que leva os pesquisadores a continuar monitorando a qualidade da água da laguna nos parâmetros microbiológicos e físico-químicos, enquanto realizam análises das amostras coletadas. Durante a coletiva, também foi revelado que o IMA já realizou avaliações da qualidade da água na laguna Mundaú em anos anteriores, mostrando variações nos níveis permitidos pela legislação, mas também uma notável capacidade de recuperação desse recurso natural.

Além disso, o Instituto está participando de trabalhos junto ao Ministério Público Federal e outros órgãos para identificar os principais problemas na laguna. Uma parte desse trabalho envolveu o monitoramento da qualidade da água da laguna Mundaú a partir de outubro deste ano, estendendo-se do bairro Levada/Brejal até o Pontal da Barra, ambos localizados na capital alagoana.

A apresentação do relatório gerou debates entre os pesquisadores presentes, que também ressaltaram a necessidade de mais estudos para entender melhor as alterações na qualidade da água na laguna Mundaú e identificar a origem das fontes poluidoras. A coletiva contou com a presença de representantes da imprensa e foi encerrada com a promessa de mais pesquisas e monitoramento contínuo da água na região.

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