De acordo com Amorim, as campanhas eleitorais costumam envolver ataques mútuos, mas após as eleições, espera-se que Trump seja mais moderado no trato com o governo Lula. Durante a apuração dos votos nos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), esteve presente na residência do republicano na Flórida. No entanto, o ex-chanceler Amorim não acredita que o movimento político do ex-presidente será fortalecido no Brasil.
“Acho que o bolsonarismo não se fortalece, cada país é um país”, declarou Amorim. Ele ressaltou a perspectiva de diálogo e a abertura para futuras conversas entre Lula e Trump antes da posse do presidente norte-americano. O assessor especial destacou que o Brasil já demonstrou pragmatismo em suas relações exteriores, fazendo críticas contundentes a líderes estrangeiros em determinados momentos, sem comprometer o diálogo e as parcerias.
Enquanto Lula parabenizou Trump pela vitória eleitoral e ressaltou a importância do diálogo e colaboração entre as nações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com a tensão gerada pela eleição nos mercados internacionais. Haddad alertou para a necessidade de cuidar da economia brasileira diante do cenário externo desafiador causado pelo discurso inflamado de Trump durante a campanha eleitoral.
Diante desse contexto, o Brasil busca manter relações diplomáticas equilibradas e pragmáticas, independentemente dos resultados eleitorais nos Estados Unidos. A expectativa é de que o governo Lula consiga conduzir suas políticas externas de forma a garantir estabilidade e desenvolvimento para o país, mesmo diante de um cenário internacional incerto.