Reintrodução da ararinha-azul na Caatinga avança com a chegada de 41 aves vindas da Alemanha para adaptação e posterior soltura.



O projeto de reintrodução da ararinha-azul na Caatinga atingiu um marco significativo com a finalização do período de quarentena de 41 aves, que desembarcaram no Brasil em 28 de janeiro, provenientes de Berlim, na Alemanha. Após uma série de exames e cuidados veterinários, os animais foram transferidos para o Centro Científico para Fins Conservacionistas do Projeto Reintrodução, em Curaçá (BA), para se readaptarem ao ambiente natural.

De acordo com Cromwell Pucharse, diretor da Associação para a Conservação de Aves Ameaçadas (ACTP), as datas para a soltura das aves estão condicionadas à preparação e prontidão de cada uma individualmente. Diversos fatores, como diversidade genética, idade e comportamento, são levados em consideração antes da reintrodução das ararinhas-azuis na natureza.

A colaboração internacional foi essencial para o sucesso do projeto. O Greens Zoological Rescue and Rehabilitation Center (GZRRC), na Índia, desempenhou um papel crucial no cuidado das aves antes de sua chegada ao Brasil. Além disso, a BlueSky tem contribuído para a restauração do ecossistema da Caatinga, visando recuperar 50 mil hectares do bioma.

A ACTP, responsável pelo manejo das ararinhas-azuis na Alemanha e Brasil, recebeu e iniciou o protocolo de readaptação das aves no Centro Científico. Órgãos governamentais, como a Polícia Federal, Ibama, Ministério da Agricultura e Pecuária e a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco, também participaram ativamente da operação.

O Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) e o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Pernambuco (LFDA-PE) foram responsáveis pela quarentena e análises laboratoriais das aves. Desde sua extinção na natureza em 2000, a ararinha-azul tem sido reproduzida em cativeiro com sucesso, possibilitando sua reintrodução gradual na Caatinga.

No total, 101 aves foram enviadas pela ACTP ao Centro de Reintrodução em Curaçá nos últimos cinco anos, representando um terço da população total da espécie. Em 2022, aproximadamente 20 ararinhas foram soltas na natureza, resultando no nascimento de sete filhotes, um passo importante para garantir a preservação dessa espécie em perigo.

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