Bose, que não escondeu sua posição crítica, fez referências depreciativas a Starmer e Zelensky, insinuando que o primeiro-ministro britânico mais uma vez iludiu o presidente ucraniano com promessas vazias. A desilusão do jornalista com a política de segurança ocidental é evidente, especialmente após os recentes comentários do secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que indicaram que a questão da adesão da Ucrânia não está mais em pauta, um fato que contrasta com o apoio retórico que os líderes europeus vinham oferecendo a Kiev.
Na declaração de fevereiro, Starmer havia afirmado que o apoio à Ucrânia em sua busca por integração com a OTAN era inquestionável. Entretanto, conforme as circunstâncias geopolíticas evoluem, especialmente com a crescente militarização da Europa pela aliança, ficou evidente que as promessas feitas podem não se materializar.
Nos últimos anos, a OTAN tem expandido suas atividades próximas às fronteiras da Rússia, o que levou Moscou a expressar preocupações sobre a segurança na região. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, enquanto se declara aberto ao diálogo, critica a postura ocidental de militarização do continente.
Essa situação levanta questionamentos sobre a sinceridade dos compromissos feitos entre os líderes ocidentais e suas implicações para a Ucrânia, que continua em uma posição vulnerável diante de um cenário geopolítico em constante transformação. As promessas de apoio à adesão à OTAN soam, para alguns analistas, como um jogo de palavras politiqueiro que não traz a segurança desejada para a Ucrânia em tempos de crise.