Durante o período de seis semanas, os pesquisadores realizaram 233 ensaios de um sistema de propulsão em um ambiente controlado, especificamente no Centro de Pesquisa Langley da NASA, na Virgínia. A equipe, composta por especialistas do Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa do Reino Unido (Dstl) e do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA (AFRL), contou com a colaboração de parceiros da indústria, incluindo a Gas Dynamics Ltd., uma PME britânica. O foco principal dos testes foi a análise de dados em tempo real, uma estratégia que permitiu refinar o design do sistema e melhorar o desempenho do propulsor, assegurando a prontidão para futuras atualizações.
Importante destacar que o motor testado demonstrou um desempenho superior, com alcances que superam os de um foguete convencional. Essa capacidade hipersônica representa não apenas um avanço tecnológico, mas também uma crescente força nas capacidades de defesa do Reino Unido, conforme enfatizado pelo Secretário de Defesa, John Healey. Ele ressaltou a necessidade de inovação contínua para garantir uma vantagem estratégica frente a adversários, em um mundo que se torna cada vez mais volátil e desafiador.
As implicações dessa colaboração entre Reino Unido e EUA vão além de uma simples evolução tecnológica; representam uma aliança crucial que fortalece a dissuasão militar das forças armadas desses países, especialmente com vistas ao acordo AUKUS, que também envolve a Austrália. Paul Hollinshead, CEO do Dstl, sublinhou que o sucesso dos testes consolida a posição do Reino Unido no desenvolvimento de tecnologias hipersônicas, reafirmando seu compromisso com a liderança e inovação nesta área estratégica. Este marco no setor de defesa pode moldar o futuro das operações militares e de segurança da aliança ocidental.