Reforma tributária preocupa setores de comércio e serviços devido ao aumento do custo e perda de competitividade das empresas brasileiras.


A reforma tributária em análise no Senado Federal, prevista no Projeto de Lei do Senado (PLP) 68/2024, tem gerado preocupações nos setores de comércio e serviços. Empresários e representantes dessas áreas temem que a regulamentação da reforma resulte em perda de competitividade das empresas brasileiras, especialmente aquelas que estão atualmente enquadradas no Simples Nacional.

Durante debates promovidos pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, destacou-se que a proposta de regulamentação da reforma tributária pode aumentar substancialmente o custo tributário para os empreendimentos que fazem parte do Simples Nacional. Isso poderia levar as empresas a repassarem esses custos adicionais para os consumidores finais, tornando os produtos e serviços mais caros.

A advogada Karoline Lima, da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), alertou que as micro e pequenas empresas, que representam a maioria dos negócios associados à entidade, correm o risco de perder competitividade com a reforma tributária em discussão. Ela ressaltou que a proposta diminuiria os créditos tributários para médias e grandes empresas ao adquirirem produtos de micro e pequenas empresas que optam pelo Simples Nacional.

Já no setor de serviços, a advogada Francine Fachinello apontou que a nova alíquota proposta pela reforma tributária poderia chegar a 26,5%, o que impactaria diretamente os consumidores finais, uma vez que os custos adicionais seriam repassados. Ela enfatizou a importância do setor de serviços para a economia brasileira, mas alertou que a alta carga tributária poderia comprometer o desenvolvimento do setor.

Os debates na CAE do Senado sobre a regulamentação da reforma tributária continuarão nos próximos meses, abordando temas específicos, como o Simples Nacional, setor de hotelaria, saúde e educação, entre outros. A intenção é buscar soluções para minimizar os impactos negativos da reforma e garantir um ambiente tributário mais favorável para as empresas e a economia como um todo.

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