Referendo no Equador busca aprovar reformas constitucionais para enfrentar crise de segurança e narcotráfico, enquanto presidente busca legitimar seu mandato.



No último domingo, o Equador foi palco de uma decisão crucial para o futuro do país em meio a uma grave crise de segurança. Com grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas disseminando terror e violência, os equatorianos foram às urnas para decidir sobre um conjunto de reformas constitucionais propostas pelo governo.

Anteriormente reconhecido como um país de relativa paz na América Central, o Equador se tornou um ponto estratégico para o tráfico de entorpecentes, com quadrilhas controlando áreas inteiras e impondo um regime de medo a milhões de pessoas em todo o território nacional. O clima de insegurança foi ressaltado pela morte a tiros do diretor de uma penitenciária recentemente empossado, aumentando a tensão no país.

As propostas de reforma constitucional apresentadas nas cédulas de votação abordavam diversas questões, com destaque para a permissão para que as Forças Armadas atuem em conjunto com a Polícia no combate ao crime organizado. Atualmente, a atuação militar se restringe à defesa nacional, não havendo previsão legal para sua participação no combate ao crime.

Em um contexto marcado pela fuga de líderes criminosos de prisões e pela escalada da violência, o presidente Daniel Noboa declarou estado de conflito armado interno, permitindo o emprego das Forças Armadas nas ruas. Outra medida em discussão era a possibilidade de extradição de cidadãos equatorianos para o exterior em casos específicos, além de propostas relacionadas ao fortalecimento da segurança pública e ao combate ao crime.

Além das questões de segurança, as cédulas de votação incluíam temas ligados à política econômica e ao funcionamento do sistema judiciário. Aprovadas as reformas constitucionais, estas entrarão em vigor imediatamente após a publicação no Diário Oficial do país, e os eleitores ainda responderam a seis perguntas em uma consulta popular sobre segurança pública.

Com um cenário de violência crescente e desafios de ordem política e social, o Equador enfrenta um momento crítico em que as decisões tomadas nas urnas podem impactar significativamente o futuro do país e o bem-estar de sua população. A luta contra o crime organizado e a busca por maior segurança se tornaram prioridades para um povo que anseia por dias mais tranquilos e seguros em sua nação.

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