Reféns são libertados em prisões do Equador após tumultos e confrontos entre autoridades e grupos criminosos. Presidente declara estado de guerra.

Durante a noite de sábado para domingo, todos os guardas e funcionários que estavam sendo mantidos reféns por detentos em prisões no Equador foram finalmente liberados, anunciou o presidente Daniel Noboa. O comunicado veio por meio de uma publicação nas redes sociais, na qual ele agradeceu aos trabalhadores e ao Serviço Nacional de Atendimento Integral para Adultos Privados de Liberdade (SNAI), órgão responsável pelo sistema penitenciário.

De acordo com o SNAI, mais de 130 funcionários foram feitos reféns em diferentes prisões do país por grupos criminosos. A entidade também lamentou a morte do agente penitenciário Daniel Tinitana González, que teria sido morto em um “confronto armado” na prisão, e informou que outro guarda foi ferido no mesmo incidente. Além disso, 41 funcionários, entre guardas e pessoal administrativo, foram soltos pelos grupos criminosos, enquanto 13 foram libertados da prisão de Esmeraldas, no norte do país, após negociações envolvendo a Igreja Católica.

Antes do anúncio do governo sobre a libertação dos reféns, havia incerteza entre familiares e associações trabalhistas, questionando a falta de informações oficiais do SNAI sobre o estado dos sequestrados e possíveis planos de intervenção. O vice-presidente da Associação de Servidores Penitenciários do Equador (ASPE), Carlos Ordóñez, expressou preocupação com a situação e com a circulação de vídeos que mostravam guardas em condições precárias.

O presidente Noboa declarou um “conflito armado interno” após a fuga do líder do narcotráfico José Macías Villamar, conhecido como Fito, da prisão. Em resposta, grupos criminosos realizaram uma série de ataques, incluindo o assalto à Universidade de Guayaquil e investidas contra hospitais e centros comerciais. Noboa enfatizou que seu governo não cederá às pressões desses grupos e ressaltou que estão em um estado de guerra.

Segundo o presidente, uma dezena de organizações criminosas está tentando impor autoridade diante das políticas rigorosas de seu governo para lidar com esses grupos, resultando em ações da força pública, confrontos e apreensão de armas e explosivos em todo o país. O estado de exceção decretado pelo governo continua em vigor, e as operações das forças de segurança seguem em andamento nas principais cidades do Equador.

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