Redução da Jornada de Trabalho: 12 Países Mostram Sucesso e Benefícios em Experimentos Contra a Escala 6×1



A proposta de reforma trabalhista em destaque no Brasil, que visa a erradicação da escala 6×1, poderá colocar o país em sintonia com iniciativas já implementadas em diversas nações ao redor do mundo. Essa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pretende substituir o modelo atual por uma jornada de trabalho de no máximo 36 horas semanais, distribuídas em quatro dias, um debate que vem ganhando força na Câmara dos Deputados.

A necessidade de reformar as estruturas tradicionais de trabalho se torna evidente ao observar os resultados positivos de experiências internacionais. Países como Alemanha, Austrália e Bélgica têm adotado formatos mais flexíveis, focando na preservação da saúde mental dos trabalhadores e no aumento da produtividade. Na Alemanha, um experimento com 45 empresas demonstrou que 73% dos empregadores decidiram manter a jornada de quatro dias após perceberem melhorias significativas no bem-estar dos funcionários, além de não registrarem impactos financeiros negativos.

Da mesma forma, na Austrália, um teste com 20 empresas resultou em uma diminuição de 44,3% nas doenças relacionadas ao estresse, levando 95% das participantes a optar pela jornada 4×3 permanentemente. A Bélgica, por sua vez, permite que seus trabalhadores escolham entre jornadas convencionais ou o novo modelo, mantendo a carga horária de 40 semanas, promovendo assim uma melhor conciliação entre vida pessoal e profissional.

Em outros países, iniciativas semelhantes mostraram resultados encorajadores. Na Irlanda, um experimento recente concluiu que a redução da jornada resultou em um crescimento de 37,55% nas receitas das empresas. No Japão, onde o governo já endossou oficialmente a redução da carga horária, a intenção é combater o elevado número de mortes relacionadas ao excesso de trabalho e, ao mesmo tempo, estimular a taxa de natalidade em um cenário de declínio populacional.

A Holanda tem uma jornada média de 29 horas semanais, fruto de uma política que promove os direitos dos trabalhadores a conciliá-las com sua vida pessoal. Os Estados Unidos e o Reino Unido, apesar de suas tradições de 5×2, também começaram a considerar essas mudanças, com testes que revelaram melhorias na saúde física e mental dos trabalhadores, além da redução nos custos relacionados a cuidados infantis.

Diante de tais evidências, a proposta brasileira adquire mais relevância, trazendo à tona um debate necessário sobre as realidades do mundo do trabalho, a qualidade de vida dos trabalhadores e os impactos na produtividade das empresas. A busca por ambientes de trabalho mais saudáveis e equilibrados é um desafio global, e o Brasil parece estar no caminho certo ao considerar reformas significativas.

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