O primeiro passo diante de casos suspeitos de violência é realizar a denúncia. Para tanto, o idoso que foi vítima de violência ou qualquer outra pessoa que presencie a situação pode comunicar o caso pelo Disque Denúncia, por meio do número 181. Ademais, é possível dirigir-se a uma Delegacia da Polícia Civil ou a uma unidade de saúde caso necessite de assistência nessa área. A RAV dispõe de uma equipe multidisciplinar preparada para prestar atendimento adequado 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Além disso, os Hospitais Regionais do Estado possuem Salas Lilás da RAV, o que facilita a descentralização no acolhimento das vítimas de violência, conforme salientou a gerente operacional da RAV, enfermeira Thaylise Brito. Ao chegarem à RAV, as vítimas têm acesso a profissionais como psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, além de poderem ser encaminhadas para realizar exames com peritos do Instituto Médico Legal (IML), contando também com o apoio da Polícia Civil.
Para Garbiele Brito, psicóloga da RAV, é crucial enfatizar os diferentes tipos de violência contra a pessoa idosa, que vão desde a recusa ou omissão de cuidados, abandono, violência patrimonial, física e sexual. Ela ressalta a importância de compreender que toda forma de violência é uma questão de saúde e que, caso a denúncia seja confirmada, o paciente pode ser encaminhado para a Área Lilás do Hospital da Mulher, onde receberá apoio psicológico, jurídico e médico de acordo com as necessidades do caso.
Durante a Campanha Junho Violeta, mês dedicado à conscientização contra a violência à pessoa idosa, a divulgação da RAV é intensificada, visando sensibilizar a sociedade sobre o enfrentamento à violência contra essa parcela da população. A atuação da equipe da RAV se torna ainda mais essencial no Dia Mundial de Combate à violência contra as Pessoas Idosas, celebrado anualmente em 15 de junho, gerando um impacto relevante na luta contra esse tipo de violência.