Com caráter eliminatório e valendo 100 pontos, a prova de redação do CNU estabelece critérios como a fuga do tipo de texto dissertativo-argumentativo, a fuga do tema e a escrita a lápis como possíveis motivos para a anulação da pontuação, conforme consta no edital do concurso.
A escolha do tema não surpreendeu os especialistas consultados. Esperava-se que a prova seguisse o modelo das redações do Enem, abordando questões sociais e a atuação do Estado na resolução de problemas. No entanto, a complexidade do tema, que envolve a intersecção de diversos eixos – educação, progresso científico e tecnológico, desigualdade econômica e desenvolvimento social – pode ter representado um desafio para os candidatos.
Para os professores entrevistados, como Joana Melo e Pedro Lima, a ampla abrangência do assunto exigiu dos candidatos uma abordagem completa e integrada, sem se limitar a uma única vertente. Tratar de questões como acesso à educação, democratização do conhecimento por meio da tecnologia e investimento em pesquisa científica foram apresentados como possíveis caminhos a serem explorados na redação.
A redação em formato de pergunta, apesar de comum no Enem, pode ter representado mais um desafio para os participantes do CNU. A necessidade de responder de forma argumentativa, sem se limitar a simplesmente responder à pergunta, foi destacada como um ponto de atenção para os candidatos menos preparados.
Em suma, a redação do CNU foi considerada um desafio específico, que exigiu dos candidatos uma abordagem ampla e integrada dos temas propostos. A atualidade do assunto, aliada às possibilidades de reflexão e argumentação proporcionadas, evidenciou a relevância da educação, do progresso científico e tecnológico como ferramentas essenciais para a redução das desigualdades e o desenvolvimento da sociedade brasileira.