Com essa aprovação, a empresa aguarda agora a homologação do plano pela Justiça, o que pode significar uma redução significativa em suas dívidas. Estima-se que, caso aprovado, as dívidas da OEC passem de US$ 4,6 bilhões para US$ 150 milhões, conforme afirmam representantes da empresa no processo.
No entanto, as negociações para chegar a essa aprovação não foram fáceis. O Fidera Group, um dos credores, contestou o plano de recuperação judicial e questionou um empréstimo feito com o apoio do BTG Pactual, alegando falta de transparência. O grupo britânico possui créditos no valor de US$ 338 milhões contra a OEC.
Este processo de recuperação judicial da OEC acontece quase seis anos depois de a Odebrecht ter anunciado a sua própria recuperação judicial, diante de uma dívida de R$ 98,5 bilhões. A empresa, um dos principais alvos da Operação Lava Jato, enfrentou um longo período de turbulência antes de chegar a esse ponto.
A recuperação judicial, conforme explicam os especialistas, é um instrumento que permite às organizações renegociar suas dívidas, evitando o encerramento das atividades, demissões e o não pagamento aos funcionários. Por meio desse processo, as empresas conseguem adiar os pagamentos aos credores, mas precisam apresentar um plano para resolver suas dívidas e continuar suas operações, o que, em última instância, é uma tentativa de evitar a falência.