A melhoria no cenário de emprego traduz-se em um significativo afluxo de trabalhadores ao mercado. Entre julho e setembro, o contingente de alagoanos fora do mercado de trabalho caiu para 107 mil, em comparação aos 113 mil registrados entre abril e junho. Isso significa que seis mil pessoas retornaram ao mercado de trabalho em um curto intervalo de tempo. Essa recuperação tem sido acompanhada por um aumento no rendimento médio dos trabalhadores, que subiu para R$ 2.273, representando um crescimento de 6,3% em comparação com o trimestre anterior e de 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, a pesquisa do IBGE destaca que Alagoas apresentou a segunda maior alta do Nordeste em trabalhadores com carteira assinada, marcando 61,8%, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte com 64,9%. Esse resultado coloca Alagoas à frente de Pernambuco e Sergipe, ambos com 60,2%, e bem acima do Piauí, que fechou o ranking da região com 49,2%.
A análise de William Kratochwill, responsável pela pesquisa do IBGE, sugere que essa tendência de queda na taxa de desocupação se deve, em parte, ao ciclo de contratações que se intensifica no segundo semestre. É nesse período que indústrias aumentam seu quadro de funcionários para atender à crescente demanda do final de ano.
O Governo do Estado de Alagoas também desempenhou um papel importante na geração de empregos. Investimentos em setores fundamentais como segurança pública, infraestrutura e turismo têm sido cruciais para atrair novos empreendimentos, impulsionando a economia local e criando mais oportunidades de trabalho. Desde 2012, a taxa de desemprego no estado caiu significativamente. Naquele ano, ela era de 11,3%, aumentando para 20,4% durante o auge da pandemia, em 2020. Agora, com 107 mil pessoas ainda fora do mercado, Alagoas demonstra notáveis sinais de recuperação e desenvolvimento econômico crescente.