De acordo com informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma organização não governamental com sede no Reino Unido, a ação dos rebeldes ocorreu após uma reunião entre líderes do Comando de Operações Militares e figuras proeminentes de Qardaha, incluindo xeques tribais da minoria alauita. O objetivo do encontro era obter apoio para restaurar a segurança na região.
O Comando de Operações Militares é a coalizão de facções insurgentes responsável pela ofensiva que culminou na queda do regime de Bashar al-Assad e de sua família, que controlava o poder na Síria há mais de cinco décadas. Hafez al-Assad governou o país por três décadas, deixando um legado marcado pela repressão e pela proximidade com o regime fundamentalista do Irã nos anos 1980.
Além de Hafez, no mausoléu incendiado estão sepultados outros membros da família Assad, como o filho primogênito Bassel, que faleceu em um acidente de carro em 1994. Bassel era visto como o sucessor do pai e sua morte precoce mudou o curso da história política da Síria.
Este ato de destruição do túmulo de Hafez al-Assad representa mais um capítulo da complexa e sangrenta guerra civil que assola o país há anos. A violência e as incertezas persistem, deixando a população síria em constante estado de tensão e preocupação.