O anúncio da entrada dos rebeldes na cidade de Damasco foi feito pelo movimento rebelde sírio Hayat Tahrir al Sham (HTS) por meio do aplicativo de mensagem Telegram. Eles declararam que suas forças começaram a adentrar a capital, além de terem anunciado a entrada na prisão militar de Saidnaya, ao norte da cidade, onde libertaram prisioneiros. Até o momento, não houve nenhuma declaração oficial por parte do governo sírio.
Além disso, o exército e as forças de segurança sírias também abandonaram o Aeroporto Internacional de Damasco devido ao avanço das forças rebeldes, que buscam tomar a cidade. Segundo fontes do Observatório Sírio de Direitos Humanos, durante a retirada das forças governamentais do terminal aéreo, os moradores da capital relataram ouvir tiros na cidade.
O Hezbollah, grupo libanês aliado de Bashar al-Assad, também começou a abandonar a capital síria e a região de Homs após a ofensiva rebelde contra o presidente. Uma fonte próxima ao grupo afirmou à AFP que os combatentes do Hezbollah foram instruídos a se retirarem da área de Homs, alguns se dirigindo para Latakia, na Síria, e outros para a área de Hermel, no Líbano. Além disso, os combatentes do Hezbollah já deixaram suas posições ao redor de Damasco.
Esses recentes acontecimentos representam um importante ponto de virada no conflito sírio e levantam questões sobre o futuro político do país. A saída de Assad e a retirada das forças leais a ele indicam um enfraquecimento do regime, enquanto os rebeldes ganham terreno e começam a ocupar áreas estratégicas. A comunidade internacional aguarda ansiosamente por novos desdobramentos nesse cenário turbulento.
