Bashar al-Assad, que estava no poder desde o ano 2000, não conseguiu resistir à pressão da ofensiva dos grupos opositores, em particular pelo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), que ao longo de novembro conquistou várias regiões estratégicas no território sírio. O paradeiro de Assad permanece desconhecido até o momento, enquanto os rebeldes celebram a derrubada do regime que comandou o país por 24 anos.
Desde 2011, a Síria tem sido palco de intensos conflitos internos desencadeados por uma onda de protestos contra o governo de Assad. Apesar de ter conseguido retomar algumas áreas controladas por grupos rebeldes com o apoio de aliados como Rússia e Irã, o presidente viu o país sofrer com a ascensão do Estado Islâmico (Isis), que foi derrotado no território sírio em 2019.
A calmaria que parecia ter se estabelecido na Síria nos últimos anos foi abruptamente interrompida pela ofensiva liderada pelo HTS, que rapidamente conquistou importantes regiões sírias, incluindo Aleppo, Hama e Homs. O cerco contra Damasco, a capital e sede do governo, marca um novo capítulo na turbulenta história do país do Oriente Médio.
O desfecho surpreendente da queda de Assad e a tomada de Damasco pelos rebeldes intensificam as incertezas sobre o futuro da Síria, com o surgimento de dúvidas sobre o que virá depois do fim de uma era marcada pela repressão e violência. A comunidade internacional agora observa atentamente os desdobramentos desse momento crucial na história da nação síria.