A situação se intensificou recentemente, com os rebeldes do M23 penetrando em Bukavu, a capital de Kivu do Sul e a segunda maior cidade do leste da RDC, como informou Corneille Nangaa, líder da Aliança do Rio Congo, que representa vários grupos rebeldes na região. Esta ofensiva surge logo após um breve cessar-fogo unilateral declarado pela aliança.
Após o fracasso das mediações lideradas por Angola, o M23 retomou suas operações no leste da RDC nas últimas semanas. Em janeiro, os rebeldes anunciaram a captura de Goma, a capital de Kivu do Norte, e desde então têm avançado em direção a Bukavu.
As acusações mútuas entre a RDC, a Organização das Nações Unidas (ONU) e Ruanda permanecem, com alegações de que Ruanda estaria apoiando os rebeldes tutsis do M23, embora o governo ruandês negue essas acusações. Por outro lado, ativistas sugerem que potências ocidentais possam estar envolvidas nos ataques à RDC.
Diante desse cenário de instabilidade e violência, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo à contenção, pedindo que todas as partes envolvidas respeitem a integridade territorial da RDC, a fim de evitar a escalação do conflito para uma guerra regional mais ampla.
Portanto, a situação no leste da RDC permanece tensa e preocupante, com a comunidade internacional monitorando de perto os desdobramentos dessa crise humanitária e de segurança. O êxodo em massa dos moradores de Kivu do Sul para o Burundi evidencia a urgência de uma resposta coordenada e eficaz para garantir a proteção e o bem-estar dessas populações vulneráveis.