Através das redes sociais, os jihadistas anunciaram a invasão à capital, informando inclusive a libertação de prisioneiros da notória prisão de Sednaya, conhecida por práticas de tortura, de acordo com a Anistia Internacional. Relatos do jornal britânico The Guardian indicam que Damasco está mergulhada em um intenso tiroteio, revelando uma fragilidade no comando das forças de segurança por parte do governo de Assad.
O avanço das tropas rebeldes em direção à capital foi liderado por combatentes ligados ao movimento Hayat Tahrir al-Sham (HTS) nos subúrbios de Damasco. A situação é monitorada com preocupação pela Organização das Nações Unidas (ONU), que exige a proteção dos civis e o acesso facilitado para a assistência humanitária.
Em meio ao avanço rebelde, foi assegurado que os escritórios da ONU e demais organizações internacionais na Síria não serão alvo de ataques. Este compromisso foi reforçado por um grupo rebelde associado à coligação islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que enfatizou o papel dessas instituições no apoio ao povo sírio.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, emitiu um pedido urgente por um cessar-fogo na Síria, destacando a necessidade de proteção para os civis em meio ao conflito. Com mais de 90% da população síria vivendo abaixo da linha da pobreza, de acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, e mais de 15 milhões necessitando de assistência humanitária, a situação no país é grave e requer ação imediata para mitigar o sofrimento da população afetada pelo conflito.