As acusações de apoio militar de Ruanda ao M23 são amplamente compartilhadas por autoridades da RDC e pela ONU, embora o governo de Kigali negue qualquer envolvimento. Em resposta à escalada do conflito, a ONU convocou uma reunião de emergência, onde o embaixador russo nas Nações Unidas expressou preocupação com o aumento das hostilidades. Ele destacou a utilização de armamentos avançados e artilharia pesada nas proximidades de infraestruturas civis como um fator agravante da crise que já custou vidas, incluindo a de soldados da missão de paz da ONU.
A situação gerou reações internacionais, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, exigindo que as forças de Ruanda cessem seu apoio ao M23 e se retirem do território congolês. Guterres enfatizou a importância do respeito a um acordo de cessar-fogo já estabelecido, além de convocar as partes a retomar negociações pacíficas mediadas pela ONU em Luanda.
Em um momento em que a comunidade internacional observa o desenrolar dos eventos, o presidente do Quênia, William Ruto, anunciou que uma cúpula de emergência será realizada, envolvendo os líderes de Ruanda e da RDC, com o objetivo de apaziguar a crescente tensão. Angolanos se mostram igualmente preocupados com a crise, que ameaça desestabilizar ainda mais uma região já fragilizada por conflitos passados, refletindo uma preocupação regional com a possibilidade de uma escalada maior das hostilidades. Contudo, os rebeldes do M23 já deixaram claro que não se sentem obrigados a cumprir quaisquer acordos propostos, complicando ainda mais a busca por uma solução pacífica.