O ministro anulou uma ação de busca e apreensão realizada na operação Alba Vírus, que teve como alvo o grupo criminoso liderado por Karine Campos. A busca realizada em uma imobiliária em Balneário Camboriú (SC) foi considerada irregular, levando à anulação dos efeitos da busca e ao cancelamento do mandado de prisão até o fim do processo.
Atualmente foragida, Karine Campos está na mira da Justiça e de operações policiais há mais de 10 anos. Em 2011, ela foi alvo da operação Maia, da Polícia Civil da Bahia, e em 2014, apareceu como investigada na operação Twister da Polícia Federal. Em 2019, a PF voltou a mirar a traficante na operação Alba Branca, onde ela foi apontada como líder de uma organização criminosa responsável pela exportação de toneladas de cocaína para a Europa pelo Porto de Santos.
O grupo liderado por Karine Campos arrecadou aproximadamente R$ 1 bilhão com o tráfico internacional, conforme apontaram investigadores. Em buscas realizadas pela PF, foram apreendidos R$ 1,7 milhão em joias e descoberto o registro de uma fazenda comprada por R$ 12 milhões. A sentença que condenou a traficante ressaltou que a organização criminosa possuía galpões em diversos estados do Brasil, não se limitando apenas ao Porto de Santos.
A história de Karine Campos como a “Rainha do Pó” envolve uma série de operações policiais, investigações e processos que evidenciam sua atuação no tráfico de cocaína e a acumulação de bens provenientes dessa atividade ilícita.