O líder religioso, que administra a sinagoga Ahavat Reim, localizada no bairro Bom Retiro, em São Paulo, utilizou a comparação histórica com o regime nazista para apoiar seus argumentos. Segundo Kauffman, enquanto alguns alemães se opuseram ao regime durante a Segunda Guerra Mundial, ele alega que tal compaixão não existe em Gaza, onde, segundo ele, a população não teria se mobilizado em prol de reféns israelenses.
As declarações não passaram despercebidas, e internautas levantaram questionamentos sobre a validade de seus comentários, destacando as difíceis condições de vida enfrentadas pelos palestinos, que, como enfatizado por uma internauta, vivem em um estado de opressão e carecem de dignidade.
Respondendo aos críticos, Kauffman defendeu que o governo israelense ofereceu incentivos para que os palestinos colaborassem no resgate de reféns, uma medida anunciada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. No entanto, o rabino insistiu que a população local preferia apoiar o Hamas. “Eles [os palestinos] não mostraram sequer um gesto de decência para libertar reféns,” afirmou Kauffman, reforçando sua perspectiva de que a responsabilidade pela opressão recai sobre os próprios cidadãos.
Além das declarações polêmicas, Kauffman também interagiu em sua página com manifestações de apoio que pediam ações violentas contra a população palestina, comparando-a a pragas. Essas interações aumentaram ainda mais a controvérsia em torno de suas opiniões e criaram um rastro de divisões no debate público.
O rabino, que também possui uma carreira no empreendedorismo, com uma participação no reality show “Shark Tank Brasil”, continua a utilizar suas redes sociais para abordar não apenas temas relacionados ao conflito em Gaza, mas também questões de antissemitismo e sua visão empresarial.
Em um mundo cada vez mais polarizado, as palavras de líderes religiosos e figuras públicas como Kauffman podem repercutir de forma ampla, destacando a complexidade e a sensibilidade do atual cenário político e social.