Os dados também apontam para uma diminuição nos níveis de pobreza e desigualdade social, assim como um crescimento nos índices de emprego e do salário mínimo. Entretanto, o relatório adverte que aproximadamente 73% dos países da região permanecem altamente vulneráveis a fenômenos climáticos extremos, ocupando o segundo lugar mundial em exposição a esse tipo de crise, apenas atrás da Ásia. A previsão é alarmante: mais da metade dos países, ou 52%, enfrentam um alto risco de subalimentação devido a essas condições climáticas.
No Caribe, os índices específicos são preocupantes, com 17,2% da população vivendo em situação de fome. Na América Central, a situação se estabilizou em 5,8%. Em termos gerais, cerca de 41 milhões de pessoas na América Latina e Caribe enfrentaram a fome em 2023, uma redução de 2,9 milhões em relação ao ano anterior e de 4,3 milhões em comparação a 2021. Apesar dessa melhoria, o estudo enfatiza que existem “disparidades significativas” entre as diferentes sub-regiões, com populações mais vulneráveis, como crianças e mulheres, continuando a sofrer os efeitos mais profundos da insegurança alimentar.
Por fim, a evolução positiva nos números não deve encobrir as realidades desafiadoras que ainda persistem. As políticas públicas e o avanço econômico são cruciais para que essa tendência de queda se consolide, garantindo que a segurança alimentar se torne uma realidade para todos os cidadãos da região.