O déficit nas contas públicas fez com que o governo do estado atrasasse nove meses a folha de pagamento, gerando greves e manifestações contra o governador Divaldo Suruagy.
Durante o terceiro e último governo de Divaldo Suruagy, Alagoas viveu uma das suas maiores crises.
Fruto do Acordo dos Usineiros e do arrocho fiscal estabelecido pelo Plano Real, o déficit nas contas públicas levou o governo do estado a atrasar nove meses a folha de pagamento dos servidores públicos.
No 17 de julho de 1997, depois de muitas greves e protestos, uma manifestação de servidores públicos composta principalmente por policiais civis e militares cercou a Assembleia Legislativa exigindo o afastamento do governador.
O Exército havia colocado vários soldados para proteger a sede do poder legislativo e a Praça D. Pedro II, que era cercada por grades de ferro.
Como resposta, manifestantes armados invadiram a Biblioteca Pública e ficaram em posição de tiro nas suas janelas superiores.
Com os deputados sitiados na Assembleia, os manifestantes derrubaram as grades e invadiram a praça.
Foram ouvidos vários tiros durante a derrubada das grades da praça. Houve tumulto e oito pessoas ficaram feridas.
Diante da possibilidade da invasão da Assembleia, às 13h35, os deputados votaram às pressas o pedido de afastamento por seis meses do governador.
O vice-governador Manoel Gomes de Barros assumiu o governo.
Percebendo que não havia mais condições de retornar ao governo, Divaldo Suruagy apresentou sua renúncia no início 1998.
História de Alagoas