As mulheres, de idades entre 22 e 47 anos, confessaram que a droga seria entregue aos seus companheiros presidiários. O material ilícito foi detectado após as mulheres passarem pelo bodyscan, um equipamento que realiza a verificação de objetos estranhos ocultos no corpo. Segundo informações do delegado Rodrigo Sarmento, plantonista da Central de Flagrantes, em menos de duas semanas foram registrados mais de dez casos de tráfico de drogas praticado por mulheres no momento do ingresso em estabelecimentos prisionais.
Durante a revista, foi constatado que as quatro mulheres haviam introduzido a droga em suas partes íntimas, mais especificamente pelo ânus. Esse método é comumente utilizado por traficantes para tentar driblar a segurança dos presídios e levar drogas para dentro das unidades.
As mulheres foram autuadas por tráfico de drogas qualificado, de acordo com o artigo 40, inciso V da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006), que prevê penas mais severas para casos em que a droga é destinada ao interior de estabelecimentos penais. Se condenadas, as mulheres podem enfrentar uma pena de até 15 anos de reclusão.
As autoridades policiais alertam para a necessidade de reforçar as medidas de segurança nos procedimentos de revistas de visitantes nas unidades prisionais. As mulheres presas nas últimas semanas demonstram um novo perfil de traficantes, buscando utilizar outros métodos para levar as drogas ilegais para dentro dos presídios. Por esse motivo, é fundamental investir em equipamentos de tecnologia de ponta, como scanners de corpo inteiro, que possam identificar com maior eficiência qualquer objeto ilícito oculto nos visitantes.
Com o aumento do número de casos envolvendo mulheres no tráfico de drogas em Maceió, as autoridades também devem intensificar as investigações para identificar e desarticular as organizações criminosas que estão por trás dessas ações. Além disso, é importante promover ações de conscientização e prevenção nas comunidades, para evitar que mais mulheres se envolvam nesse tipo de crime e possam ter suas vidas afetadas pelas consequências da criminalidade.
