Durante quatro meses, a página da corretora fictícia esteve ativa e recebeu a visita de 49 mil pessoas, das quais 48% foram seduzidas pela promessa de lucros fáceis. Ao clicarem na armadilha, os investidores eram redirecionados para um site educativo com orientações para evitar cair em golpes financeiros.
Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima, ressalta que qualquer pessoa pode se tornar alvo dessas fraudes, independentemente de nível de instrução, renda ou capacidade cognitiva. A falta de atenção e o momento de vulnerabilidade das vítimas são aproveitados pelos criminosos, que buscam promessas que pareçam resolver problemas.
Uma pesquisa da CVM também mostrou que 91% das vítimas de golpes financeiros são homens, com idade entre 30 e 39 anos, renda familiar entre 2 e 5 salários mínimos e pós-graduação. As criptomoedas são o produto de investimento mais citado pelas vítimas de golpes financeiros, mencionado por 43,3% dos entrevistados.
Para evitar cair em golpes, especialistas recomendam desconfiar de promessas de lucros altos em curto prazo, informações distorcidas e pouca transparência sobre a empresa ofertante. É fundamental verificar o CNPJ das empresas, consultar a participação no mercado de capitais e procurar orientação em casos de fraudes.
Durante a 11ª edição da Semana Nacional de Educação Financeira, a Semana Enef, a CVM e a Anbima intensificam ações educativas para conscientizar a população sobre os riscos de golpes financeiros. Medidas como comunicação rápida com o banco em caso de fraude e reunião de documentação são essenciais para tentar recuperar valores perdidos.
Portanto, estar atento a possíveis golpes e buscar informações de fontes confiáveis são atitudes fundamentais para proteger o patrimônio e evitar prejuízos financeiros. A educação financeira é uma aliada poderosa na luta contra as fraudes e na promoção de uma cultura de investimento consciente.