Quarto dia de apagão em São Paulo: 220 mil pessoas ainda sem energia após tempestade devastadora



Um apagão de grandes proporções continua a afetar a Grande São Paulo, deixando cerca de 220 mil clientes sem energia elétrica. Esse cenário perdura há quatro dias, desde que uma severa tempestade atingiu a região na última sexta-feira, 11 de outubro. Dados mais recentes indicam que, dos afetados, 147 mil estão localizados na capital paulista, enquanto cidades vizinhas, como São Bernardo do Campo e Diadema, também enfrentam sérios problemas com o fornecimento de energia.

As intempéries que ocasionaram este apagão incluíram ventos com velocidade superior a 107 quilômetros por hora, os mais intensos registrados desde 1995. Essa força da natureza culminou na queda de diversas árvores, que acabaram por danificar a rede elétrica, complicando ainda mais o restabelecimento do serviço.

A concessionária responsável, a Enel, informou que já conseguiu recuperar o fornecimento a aproximadamente 1,8 milhão de residências, porém não há uma previsão clara para a normalização total da situação. A prefeitura de São Paulo, em resposta à crise, mobilizou equipes que realizam podas em árvores de áreas afetadas, com o objetivo de minimizar mais danos. Bairros como Vila Mariana, Saúde e Ipiranga estão entre os locais onde os trabalhos estão em andamento.

A situação precária dos serviços de energia também gerou críticas do ministro de Minas e Energia, que direto apontou a responsabilidade do planejamento urbano da cidade como fator agravante da falta de energia. Ele argumenta que cerca de 50% dos problemas estavam associados à queda de árvores, o que ressalta a necessidade de uma revisão nas estratégias de manejo urbano.

Para enfrentar esse desafio, cerca de 400 técnicos de empresas de energia de diferentes partes do país foram enviados a São Paulo. Além disso, profissionais da Enel de países como Chile, Argentina, Itália e Espanha também foram convocados para auxiliá-los. A pressão aumenta, já que o ministro estipulou um prazo até quinta-feira, dia 17, para que as questões mais críticas sejam resolvidas.

Enquanto isso, empresários e moradores relatam perdas significativas devido à falta de eletricidade, refletindo o impacto negativo que essa crise tem sobre a vida cotidiana e a economia local.

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