As intempéries que ocasionaram este apagão incluíram ventos com velocidade superior a 107 quilômetros por hora, os mais intensos registrados desde 1995. Essa força da natureza culminou na queda de diversas árvores, que acabaram por danificar a rede elétrica, complicando ainda mais o restabelecimento do serviço.
A concessionária responsável, a Enel, informou que já conseguiu recuperar o fornecimento a aproximadamente 1,8 milhão de residências, porém não há uma previsão clara para a normalização total da situação. A prefeitura de São Paulo, em resposta à crise, mobilizou equipes que realizam podas em árvores de áreas afetadas, com o objetivo de minimizar mais danos. Bairros como Vila Mariana, Saúde e Ipiranga estão entre os locais onde os trabalhos estão em andamento.
A situação precária dos serviços de energia também gerou críticas do ministro de Minas e Energia, que direto apontou a responsabilidade do planejamento urbano da cidade como fator agravante da falta de energia. Ele argumenta que cerca de 50% dos problemas estavam associados à queda de árvores, o que ressalta a necessidade de uma revisão nas estratégias de manejo urbano.
Para enfrentar esse desafio, cerca de 400 técnicos de empresas de energia de diferentes partes do país foram enviados a São Paulo. Além disso, profissionais da Enel de países como Chile, Argentina, Itália e Espanha também foram convocados para auxiliá-los. A pressão aumenta, já que o ministro estipulou um prazo até quinta-feira, dia 17, para que as questões mais críticas sejam resolvidas.
Enquanto isso, empresários e moradores relatam perdas significativas devido à falta de eletricidade, refletindo o impacto negativo que essa crise tem sobre a vida cotidiana e a economia local.