De acordo com informações do delegado Joubert da Silva, da Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), o grupo cobrava aproximadamente R$ 2 mil de cada candidato para garantir acesso às respostas das provas, e, caso o candidato fosse aprovado, um pagamento adicional de R$ 20 mil era exigido. Esse esquema era sustentado pela colaboração de professores que, supostamente, resolviam as questões das provas e transmitiam as respostas através dos pequenos dispositivos eletrônicos.
A operação, denominada “Gabarito Final”, teve sua segunda fase no último domingo (20), quando a quadrilha tentava executar mais uma fraude em teste público. A primeira fase já tinha ocorrido em março, durante outro concurso, e as investigações sobre a organização criminosa se intensificaram desde então.
Os agentes infiltrados em meio aos candidatos foram cruciais para identificar e prender os membros do grupo durante a prova. Apesar das prisões, a polícia não divulgou informações sobre a quantidade exata de candidatos envolvidos no esquema nem quantos celulares foram apreendidos. Os detidos foram encaminhados para a Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe) e, posteriormente, transferidos para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Um momento inusitado ocorreu quando um dos suspeitos tentou se desfazer de um dos minicelulares jogando-o no vaso sanitário e acionando a descarga, ato que reflete a desespero e a tentativa de se livrar das evidências em meio à operação.
Esse caso evidencia a vulnerabilidade dos sistemas de segurança em concursos públicos e a necessidade de medidas mais eficazes para coibir práticas fraudulentas que lesam tanto as instituições quanto os candidatos que se dedicam de forma honesta a conquistar suas vagas.