A mídia estatal acompanhou Putin e Xi em um passeio pelo amplo terreno de Zhongnanhai, em Pequim, onde foram vistos sem gravata, desfrutando de chá em um pavilhão tradicional, acompanhados apenas por intérpretes. O momento culminou com um abraço entre os líderes, um gesto incomum por parte de Xi Jinping, evidenciando não apenas a proximidade política entre os dois países, mas também um desdém implícito em relação às pressões de Washington sobre a China para retirar seu apoio à Rússia.
A declaração conjunta feita durante o encontro entre Putin e Xi teve como alvo os Estados Unidos, alegando que o país tenta reprimir a Rússia e a China. O compromisso de cooperação em setores estratégicos como energia, espaço e militar foi reforçado, destacando a crescente aproximação entre as duas potências.
Apesar de não serem aliados formais, China e Rússia têm fortalecido sua colaboração militar, com exercícios conjuntos e compartilhamento de tecnologia. A visita de Putin ao Instituto de Tecnologia de Harbin simboliza a busca por acesso a recursos sofisticados para fortalecer o complexo militar-industrial russo, especialmente após os acontecimentos na Ucrânia.
A instituição em Harbin, especializada em pesquisa de foguetes e mísseis, representa um ponto estratégico para o presidente russo. Além disso, a conexão entre o instituto e a Universidade Estadual de São Petersburgo, cidade natal de Putin, é vista como um desafio aos Estados Unidos, evidenciando a disposição da China em fornecer tecnologia militar para apoiar a Rússia em sua guerra contra a Ucrânia. A visita de Putin a Harbin serve como um sinal simbólico do apoio chinês aos interesses russos, em um contexto de crescente tensão geopolítica.
