Segundo Putin, a República Popular da China, o Brasil e a Índia estão sinceramente interessados em resolver as questões relacionadas ao conflito na Ucrânia. O presidente russo ressaltou que mantém contato constante com os líderes desses países, que têm buscado colaborar ativamente para resolver os detalhes do processo, que ele mesmo classificou como complexo.
Putin também mencionou a possibilidade de retomar as negociações iniciadas na Turquia no início do conflito, que foram interrompidas antes que um acordo fosse implementado. O presidente russo afirmou estar disposto a participar de novas rodadas de negociação, se houver interesse por parte da Ucrânia.
A proposta de mediação por parte do Brasil, China e Índia não é algo inédito. Em ocasiões passadas, esses países foram convidados a participar de cúpulas de paz e a apoiar conferências internacionais para discutir o conflito na Ucrânia. No entanto, houve divergências de posicionamento, com a China recusando convites e o Brasil participando apenas como observador, sem assinar acordos finais.
O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a propor a criação de um “clube da paz” para atuar como mediador no conflito. No entanto, a iniciativa não foi adiante, e Lula enfrentou críticas ao sugerir que ambas as partes envolvidas no conflito eram responsáveis e que os Estados Unidos e a Europa estariam alimentando a guerra por meio do fornecimento de armamentos. A complexidade do cenário se mantém, enquanto líderes internacionais buscam alternativas para promover a paz na região.