As declarações de Putin surgiram às vésperas da Cúpula de Paz que será realizada na Suíça neste final de semana, sem a participação da Rússia. O presidente russo condicionou o cessar-fogo à entrega de grandes extensões de terra controladas parcialmente por Moscou, juntamente com a Crimea, anexada pela Rússia em 2014. Essas foram as condições territoriais mais concretas propostas por Putin para encerrar o conflito até o momento.
Por sua vez, o governo ucraniano destacou que a Rússia também deve retirar suas tropas do território ucraniano internacionalmente reconhecido. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia acusou Putin de tentar enganar a comunidade internacional e minar os esforços diplomáticos em busca de uma paz justa.
A Cúpula de Paz na Suíça reunirá representantes de mais de 90 países, embora conte com ausências significativas, como a Rússia e a China. Moscou considerou o evento uma “perda de tempo”, enquanto Pequim justificou sua ausência afirmando que a Rússia e a Ucrânia precisam estar juntas em negociações de paz.
A conferência focará em três pontos-chave propostos pelo presidente ucraniano, Volodmir Zelenski: segurança nuclear, segurança alimentar e libertação de prisioneiros de guerra e crianças sequestradas. Especialistas acreditam que a reunião pode representar um avanço na busca por soluções pacíficas, no entanto, ressaltam as dificuldades em negociar um documento final que conte com o apoio dos países do Sul Global, muitos dos quais dependem economicamente da Rússia e da China.
Em resumo, a Cúpula de Paz na Suíça promete ser um marco importante na busca pela paz na região, mas enfrenta desafios significativos no caminho para um acordo sustentável entre as partes envolvidas.