Trump descreveu a conversa como “uma boa discussão”, embora tenha ressaltado que não produziu uma solução imediata para a paz. O ex-presidente norte-americano mencionou que Putin se mostrou enfático ao afirmar que a Rússia precisaria responder adequadamente aos recentes ataques que atingiram aeródromos e outras infraestruturas. Para Putin, o ataque a civis não justifica e não deve ser tolerado.
O presidente russo, em declarações anteriores, havia enfatizado a gravidade dos atentados cometidos em seu território, sugerindo que esses atos não apenas ferem o povo russo, mas também denotam um engajamento deliberado por parte das autoridades ucranianas. Segundo Aleksandr Bastrykin, chefe do Comitê de Investigação da Rússia, foram encontradas evidências que indicam a participação dos serviços secretos ucranianos em tais operações, levando a Kremlin a classificar esses atos como terrorismo patrocinado por potências estrangeiras.
Além dos conflitos em andamento na Ucrânia, a conversa entre Trump e Putin também abordou o delicado tema do acordo nuclear iraniano. Trump reiterou a posição de que os Estados Unidos não podem permitir que o Irã desenvolva armas nucleares. O ex-presidente expressou que havia um entendimento mútuo sobre a necessidade de impedir o acesso do Irã a essas capacidades bélicas. Putin, por sua vez, sugeriu que poderia contribuir nas discussões relacionadas ao Irã, enfatizando a importância de se chegar a uma solução pacífica para a questão nuclear.
Esse diálogo entre dois líderes que possuem um histórico de interações complexas destaca a relevância de estabelecer canais de comunicação em tempos de crise, embora as divisões e desconfianças persistam em muitos aspectos das relações internacionais. As negociações em curso com o Irã, onde o país alegadamente busca enriquecer urânio apenas para fins pacíficos, ilustram a delicadeza da situação e a necessidade de um consenso que possa evitar futuras escaladas de tensão na região.