Putin confirma negociação de troca de prisioneiros com os EUA envolvendo Navalny em discurso pós-eleição e gera polêmica.


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez declarações bombásticas em seu discurso após a confirmação de sua vitória nas eleições com 87% dos votos. Pela primeira vez, Putin confirmou que havia acertado a inclusão do oposicionista Alexei Navalny em uma troca de prisioneiros com os EUA pouco antes de sua morte, chamando a situação de “um incidente infeliz”. O presidente também quebrou um tabu ao mencionar publicamente o nome de Navalny, algo que nunca havia feito antes.

Segundo Putin, alguns dias antes da morte de Navalny, ele foi informado sobre a ideia de trocá-lo por prisioneiros em países ocidentais e concordou com a proposta. Essa revelação foi confirmada por diversas fontes ligadas a Navalny e ao Kremlin, incluindo uma aliada do dissidente, Maria Pevchikh. Putin ainda agradeceu seus eleitores, afirmando que o poder na Rússia vem do povo e que não se deixará intimidar por forças externas.

Durante seu discurso, Putin destacou a importância da alta participação eleitoral, que atingiu 74%, demonstrando que os russos sentem que muito depende deles em um momento dramático para o país. O presidente reeleito também fez menção aos militares russos lutando na Ucrânia, elogiando-os por estarem na linha de frente da defesa nacional.

Na coletiva de imprensa que se seguiu, Putin reiterou sua gratidão aos russos pela confiança depositada nele mais uma vez. Ele também abordou a situação da guerra na Ucrânia, afirmando que as forças russas estão tendo sucesso em vários pontos de combate e fortalecendo as capacidades de defesa do país. O presidente enfatizou que os “traidores” da Rússia serão tratados como se estivessem em uma zona de guerra, demonstrando sua postura firme em relação à oposição interna.

A votação dos russos no exterior, incluindo um protesto solitário no Leblon, e a participação dos cidadãos russos nas eleições foram pontos de destaque nesse processo eleitoral. A reeleição de Putin acontece em um contexto de tensões internacionais e repressão contra dissidentes, o que levanta questionamentos sobre o futuro do país sob seu comando.

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