PT Opta por Eleição com Cédulas de Papel Após Negativa de Urnas Eletrônicas em Quatro Estados para Votação Interna em Julho



O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou a realização de sua eleição interna no dia 6 de julho, optando pelo uso de cédulas de papel para o processo eleitoral. Essa decisão vem após tentativas frustradas de implementar as urnas eletrônicas disponibilizadas pela Justiça Eleitoral. Embora a cúpula do partido tenha feito o pedido para utilizar o sistema eletrônico, apenas 16 estados deram a autorização necessária. A escolha pela modalidade de votação em papel foi tomada durante uma reunião da Executiva Nacional, realizada na última quarta-feira.

No mês de março, líderes do partido se reuniram com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Cármen Lúcia, em busca de autorização para o empréstimo das urnas eletrônicas. Contudo, a resposta recebida foi que essa decisão dependia da avaliação dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada estado, o que gerou incertezas e complicações no planejamento da competição interna.

As negociações para garantir o acesso às urnas eletrônicas se mostraram desafiadoras, uma vez que quatro estados — Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco — se opuseram ao empréstimo das urnas. Outros sete estados ainda estavam considerando a solicitação, o que evidenciou a dificuldade em atingir um consenso entre os diferentes órgãos eleitorais regionais.

Com a definição do uso de cédulas de papel, o PT reforça seu compromisso com um processo eleitoral que, embora mais tradicional, busca garantir a transparência e a legitimidade na escolha de seus representantes. Essa medida gera expectativas diante do atual cenário político do país, onde os debates sobre democracia e participação popular estão em evidência.

A eleição interna do partido é vista como um momento crucial, não apenas para a estrutura interna da legenda, mas também para sua posição no cenário eleitoral nacional nas próximas disputas. Assim, a escolha do método de votação poderá influenciar na mobilização das bases e na coesão interna do PT em um período de grandes desafios políticos.

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