A direção do partido enviou uma nota à revista, esclarecendo que o CNPJ mencionado não pertence a uma empresa, mas sim à campanha presidencial de 2018. Além disso, reiterou que as dívidas serão devidamente quitadas pelo PSOL. No pleito de 2018, a campanha presidencial do PSOL contou com uma receita de R$ 6.224.116,83, e registrou despesas no valor de R$ 6.438.264,52.
Segundo informações reveladas pelo PSOL, a maior parte dos recursos utilizados na campanha presidencial foi proveniente da direção nacional do partido, totalizando 96,61% do montante. Os demais doadores foram, em sua maioria, pessoas físicas, como Paula Lavigne, empresária e esposa do cantor Caetano Veloso.
A atenção de Boulos, no entanto, já está voltada para as eleições municipais de 2024. O político é especulado como possível candidato à Prefeitura de São Paulo, e recentemente formalizou uma aliança com a ex-prefeita Marta Suplicy, que deverá integrar sua chapa como vice. Marta Suplicy, que possui histórico no Partido dos Trabalhadores (PT), deverá ser repatriada pelo partido no próximo mês, reforçando a aproximação entre Boulos e o PT.
Essa parceria entre Boulos e Marta Suplicy visa a reconciliação das forças de esquerda no cenário político, e representa um movimento estratégico visando as eleições municipais. Com a proximidade do pleito, o PSOL adota uma postura de responsabilidade ao assumir a dívida da campanha presidencial de 2018, demonstrando compromisso com a transparência e a regularização de suas obrigações financeiras. A decisão do partido também pode refletir positivamente na imagem de Boulos, que busca consolidar sua presença como liderança política de destaque.
