Protocolo da Associação Internacional de Alzheimer recomenda exame de saliva para detectar a doença, revolucionando o diagnóstico precoce.



Representantes da Associação Internacional de Alzheimer divulgaram recentemente um novo protocolo destinado a acelerar a adoção de um exame de saliva para identificar a doença. Essa iniciativa tem como objetivo revolucionar a triagem do Alzheimer, tornando-a mais acessível e menos invasiva para os pacientes.

O exame em questão é indolor, de baixo custo e pode detectar as proteínas tóxicas associadas à doença apenas com uma amostra de saliva. Atualmente, o procedimento padrão para confirmar o diagnóstico de Alzheimer envolve uma punção lombar para identificar essas proteínas, mas é realizado apenas em estágios mais avançados devido à sua complexidade e custo elevado.

A expectativa é que o exame de saliva seja capaz de detectar a doença antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas de demência, possibilitando que mais pessoas sejam submetidas aos testes de forma precoce. Isso pode ser fundamental para o diagnóstico precoce do Alzheimer, uma vez que a maioria dos casos atualmente só é identificada após o aparecimento dos sintomas clínicos.

O estudo publicado na revista científica Alzheimer’s & Dementia destaca que a saliva contém aproximadamente 30% das proteínas presentes no sangue, e seu teste demonstrou uma sensibilidade diagnóstica significativa, podendo diagnosticar cerca de sete em cada dez pessoas com proteínas associadas ao Alzheimer, mesmo antes do início dos sintomas.

Embora a pesquisa ainda esteja em fase de validação, espera-se que, uma vez comprovada sua eficácia em modelos clínicos, o exame de saliva possa ser utilizado como parte integrante dos protocolos de diagnóstico da doença. No entanto, a proposta não é substituir os exames existentes, mas sim complementar a triagem e facilitar o encaminhamento de pacientes para técnicas mais especializadas.

Portanto, esse avanço no diagnóstico precoce do Alzheimer representa uma conquista significativa no campo da saúde, podendo abrir novas possibilidades de tratamento e manejo da doença. Ainda há um longo caminho a percorrer para sua implementação em larga escala, mas os resultados até o momento são promissores e trazem esperança para milhões de pessoas em todo o mundo.

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