Os manifestantes, em sua maioria cidadãos irrompendo em clamor por mudanças, acenderam fogueiras e ergueram cartazes, reivindicando a reversão da decisão de Netanyahu. A situação foi considerada tão crítica que diversas organizações de protesto, junto ao líder da oposição, Yair Lapid, do partido centrista Yesh Atid, convocaram o público a se unir contra a demissão, enfatizando as implicações que tal ato poderia ter sobre a segurança nacional.
Netanyahu justificou a demissão ao afirmar que a confiança entre ele e Gallant havia se deteriorado ao longo dos últimos meses, citando “lacunas significativas na gestão” da defesa nacional. O primeiro-ministro também mencionou que as declarações de Gallant estavam em contrariedade com as decisões tomadas pelo governo, o que aumentou a tensão interna. Com a saída de Gallant, Netanyahu nomeou Israel Katz, atual ministro das Relações Exteriores, como seu sucessor no Ministério da Defesa.
A excitação política não se limitou apenas às ruas. Benny Gantz, ex-ministro da Defesa e membro do Knesset, expressou sua indignação nas redes sociais, afirmando que a troca era “política às custas da segurança nacional”. O clima dentro do Parlamento israelense reflete um crescente abalo nas relações governamentais, onde a oposição teme que as movimentações de Netanyahu possam comprometer a eficácia das estratégias de segurança do país.
Esses eventos ocorrem em um contexto de instabilidade na região, exacerbada por recentes conflitos e preocupações com a segurança interna, fazendo com que muitos israelenses temam as consequências dessa mudança na liderança da defesa. O futuro da política de segurança de Israel está agora em dúvida, enquanto os cidadãos aguardam as próximas ações do novo titular do cargo e as possíveis repercussões de sua nomeação nas atuais crises.