A reação da Polícia Militar foi rápida e contundente. Em um esforço para dispersar o ato, a força policial lançou bombas de gás lacrimogêneo, o que gerou um clima de confusão e pânico. Durante o ato, muitos participantes, incluindo crianças e mulheres, se sentiram ameaçados com a abordagem da polícia, que foi criticada por Benedito Barbosa, advogado da União dos Movimentos de Moradia (UMM-SP). Ele descreveu como desnecessária a repressão a uma manifestação pacífica, destacando que o ato já se aproximava do fim.
O protesto fez referência à ocupação Jorge Hereda, formada em 2021, durante a pandemia, quando 200 famílias se uniram em busca de um lar. Essa soma rapidamente cresceu para 500 famílias, conforme relatado por grupos de pesquisa urbanos. Já a Ocupação Terra Prometida, que abriga cerca de 1.200 pessoas, existe há aproximadamente quatro anos e enfrenta desafios semelhantes na luta por moradia digna.
Na zona oeste, outro grupo também se mobilizou, bloqueando uma pista da Marginal Pinheiros. Esse protesto, que envolveu cerca de 100 manifestantes da Comunidade do Areião, exigiu melhores condições habitacionais e criticou projetos de reintegração de posse. Enquanto os manifestantes escreviam mensagens de reivindicação na pista, o trânsito na área ficou paralisado, resultando em congestionamentos significativos.
A situação exigiu a intervenção do Corpo de Bombeiros e da PM, que foi acionada para desobstruir as vias. Barricadas foram formadas e pneus foram queimados, dificultando ainda mais a circulação de trens nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da ViaMobilidade. Embora a operação dos trens tenha sido gradualmente normalizada, os protestos evidenciam a crescente insatisfação da população com as condições de moradia em São Paulo e a necessidade de um diálogo mais efetivo sobre habitação e direitos sociais.