De acordo com a organização do protesto, cerca de 2000 pessoas participaram da marcha, que contou com palavras de ordem contra os novos valores e as privatizações, além de reivindicar a gratuidade dos transportes públicos. O grupo saiu da frente da prefeitura e planeja encerrar a mobilização no Vale do Anhangabaú, após percorrer diversas ruas do centro da cidade.
O ato foi convocado no último dia 26 e teve uma adesão significativa da população, que critica a falta de debate amplo sobre o aumento das passagens e a ausência de participação estatal no financiamento do sistema de transporte. O movimento destaca o impacto do valor das passagens no orçamento da maioria dos cidadãos, enquanto a prefeitura justifica o aumento afirmando que o valor não era reajustado há cinco anos e que existem gratuidades para públicos específicos, como estudantes, idosos e deficientes.
O Movimento Passe Livre, que teve origem em Florianópolis em 2000 e se expandiu por outras cidades do país, tem se destacado como um dos protagonistas desse movimento de contestação às tarifas de transporte. Atualmente, o MPL atua como um movimento de discussão permanente e horizontal, com menos participantes ativos, mas ainda engajado em mobilizações nas redes sociais e, eventualmente, nas ruas, como ocorreu no protesto em São Paulo.
Dessa forma, a população paulistana segue demonstrando sua insatisfação e reivindicando mudanças no sistema de transporte público da cidade, em busca de tarifas mais acessíveis e condições dignas de deslocamento para todos os cidadãos.