Segundo Andréa, ela tentou buscar auxílio na Defesa Civil, porém não foi recebida pelo coordenador do órgão. Em um vídeo gravado por ela, a moradora expôs a situação e denunciou as ameaças recebidas por advogados e funcionários da Braskem, alegando que o coordenador da Defesa Civil teria ordenado a demolição sem autorização prévia.
A moradora também informou que há um processo judicial em andamento que impedia a demolição da residência, porém, a ação foi realizada mesmo com essa questão pendente. Diante desses fatos, a advogada de Andréa anunciou que irá registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia local e solicitar a abertura de um inquérito policial para investigar o caso.
A Defesa Civil de Maceió se manifestou sobre o ocorrido, alegando que a demolição foi solicitada de forma emergencial devido às rachaduras na edificação e à proximidade com o raio de influência da demolição do Edifício Albarello. Já a Braskem posicionou-se afirmando que a ação foi determinada pela Defesa Civil visando a segurança, e que o valor do imóvel foi periciado judicialmente, homologado e depositado nos autos do processo.
Além disso, a empresa destacou que ofereceu à proprietária o serviço de guarda-volumes do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) e garantiu o acesso ao imóvel sempre que autorizado pela Defesa Civil. A Braskem informou que, até o final de novembro, foram apresentadas mais de 19 mil propostas do PCF aos moradores, com um total de mais de R$ 4 bilhões em indenizações pagas.
Em relação às áreas desocupadas, a empresa comprometeu-se a não construir comercialmente ou para fins habitacionais, enquanto perdurarem os efeitos do afundamento do solo. Qualquer mudança nesse cenário exigirá aprovação no Plano Diretor de Maceió.