Proprietária acusa Defesa Civil e Braskem de demolirem sua casa no Pinheiro sem autorização; caso será investigado pela polícia.



Na última semana, uma moradora do bairro do Pinheiro em Maceió, teve a sua casa demolida sem autorização prévia, acusando a Defesa Civil da cidade e a Braskem de estarem envolvidas no ocorrido. A proprietária, identificada como Andréa Karla Cardoso Amaral, afirmou que não foi notificada sobre a demolição e relatou ter recebido ameaças por e-mail para retirar seus pertences do imóvel em questão.

Segundo Andréa, ela tentou buscar auxílio na Defesa Civil, porém não foi recebida pelo coordenador do órgão. Em um vídeo gravado por ela, a moradora expôs a situação e denunciou as ameaças recebidas por advogados e funcionários da Braskem, alegando que o coordenador da Defesa Civil teria ordenado a demolição sem autorização prévia.

A moradora também informou que há um processo judicial em andamento que impedia a demolição da residência, porém, a ação foi realizada mesmo com essa questão pendente. Diante desses fatos, a advogada de Andréa anunciou que irá registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia local e solicitar a abertura de um inquérito policial para investigar o caso.

A Defesa Civil de Maceió se manifestou sobre o ocorrido, alegando que a demolição foi solicitada de forma emergencial devido às rachaduras na edificação e à proximidade com o raio de influência da demolição do Edifício Albarello. Já a Braskem posicionou-se afirmando que a ação foi determinada pela Defesa Civil visando a segurança, e que o valor do imóvel foi periciado judicialmente, homologado e depositado nos autos do processo.

Além disso, a empresa destacou que ofereceu à proprietária o serviço de guarda-volumes do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) e garantiu o acesso ao imóvel sempre que autorizado pela Defesa Civil. A Braskem informou que, até o final de novembro, foram apresentadas mais de 19 mil propostas do PCF aos moradores, com um total de mais de R$ 4 bilhões em indenizações pagas.

Em relação às áreas desocupadas, a empresa comprometeu-se a não construir comercialmente ou para fins habitacionais, enquanto perdurarem os efeitos do afundamento do solo. Qualquer mudança nesse cenário exigirá aprovação no Plano Diretor de Maceió.

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