De acordo com a nova redação proposta, o prazo para resposta aos pedidos de informação seria de 20 dias, podendo ser prorrogado por mais 10 dias mediante justificativa. Caso os prazos não sejam cumpridos, o presidente da Câmara poderá instaurar um processo por infração político-administrativa contra o prefeito, podendo levar até a cassação do mandato. Para outros agentes públicos, a punição seria encaminhar uma representação ao Ministério Público.
A justificativa para essa proposta é fortalecer a transparência e permitir um controle mais eficaz do Legislativo sobre o Executivo, garantindo maior acesso às informações públicas para os cidadãos. Segundo os autores da emenda, essa alteração busca aprimorar os mecanismos de publicidade, impessoalidade e moralidade na administração pública, assegurando que o município opere com maior fiscalização e transparência.
Contudo, essa proposta pode gerar debates e controvérsias, pois, por um lado, representa um avanço na fiscalização do Executivo, fortalecendo o papel do Legislativo como fiscal dos recursos públicos e favorecendo a transparência. Por outro lado, pode ser interpretada como um instrumento político para ampliar o poder da Câmara sobre o Executivo, criando uma constante ameaça de cassação.
Dessa forma, é importante analisar os critérios de prorrogação de prazos e os possíveis abusos que a proposta poderia gerar. A votação da emenda está prevista para a sessão de hoje e promete gerar um intenso debate sobre o equilíbrio de forças entre os poderes em Palmeira dos Índios. Se aprovada sem ajustes, a emenda poderá fortalecer a fiscalização, mas também trazer instabilidade política para o município.