A Promotoria, juntamente com um grande contingente policial, cumpriu 35 mandados de prisão temporária e realizou buscas em 104 endereços em 13 cidades de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A suspeita principal é que Dunga estaria facilitando as atividades do PCC em sua região, especialmente através de seu assessor, Paulo Giovane de Aguilar, apontado como membro da facção criminosa.
Aguilar, juntamente com seu irmão, foi preso durante a operação sob a acusação de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. A investigação também aponta para outro assessor de Dunga, conhecido apenas como Arlindo, que estaria envolvido com traficantes da Esquina Maluca, ponto de venda de drogas do PCC em Araçatuba.
Além disso, interceptações telefônicas revelaram conversas que implicam Dunga em possíveis atos de improbidade e crimes contra a administração pública. O vereador teria utilizado sua influência na prefeitura de Araçatuba para favorecer terceiros, interferindo em processos como a agilização de exames criminais e a liberação de vistorias de prédios.
A Promotoria destaca a relação entre Dunga e a facção criminosa PCC, demonstrando uma preocupante infiltração do crime organizado na política local. A investigação também aponta para uma rivalidade entre os traficantes da região, resultando em uma onda de violência que tem assolado a cidade e seus arredores.
Diante de tais evidências, o Ministério Público de São Paulo mantém uma postura diligente na apuração dos fatos e aguarda a manifestação do gabinete de Dunga para esclarecimentos adicionais. A cidade de Araçatuba vive um momento de tensão e incerteza diante da descoberta dessas ligações obscuras entre autoridades locais e grupos criminosos.