Os acusados estão sendo investigados por organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e coerção. Após a confirmação da denúncia pelo MPSP, foi decretada a prisão preventiva dos acusados, incluindo os policiais que estão atualmente detidos.
De acordo com as investigações, os policiais civis da região se uniram para roubar cargas de entorpecentes de traficantes locais associados a facções criminosas. A Promotoria revelou que os agentes simulavam prisões que não ocorriam de fato, permitindo aos traficantes fugirem e ficarem com as drogas.
Uma vez em posse das substâncias ilícitas, os investigados, em colaboração com outros policiais, enviavam as drogas para comunidades no Rio de Janeiro, com os pagamentos resultantes do tráfico sendo feitos para laranjas.
Além dos policiais civis, ex-detentos também faziam parte da organização criminosa, facilitando a troca de informações e aliciando traficantes responsáveis pelo envio de grandes quantidades de entorpecentes que seriam posteriormente subtraídas.
Um dos membros do esquema possuía licença para pilotar helicóptero, facilitando o transporte aéreo e interestadual das cargas de drogas.
A Operação Cama de Gato, realizada pelo Gaeco, resultou na prisão de quatro policiais civis em Piraju. Um dos agentes, Paulo Rogério Cardoso, conhecido como Paulinho Policial e candidato à reeleição na época da operação, foi um dos envolvidos no esquema de tráfico de drogas.
De acordo com o promotor Nelson Aparecido Febraio Júnior, os policiais implementavam um esquema onde traficantes locais adquiriam drogas de traficantes maiores, apenas para terem a entrega simulada e desviada pelos agentes.
Além das consequências criminais, os policiais civis estão sob investigação pela Secretaria de Segurança Pública e correm o risco de perder seus cargos. A operação resultou na prisão de 12 pessoas e na apreensão de carros de luxo e R$ 105 mil em dinheiro, revelando a extensão do esquema criminoso.