Promotor especial pede suspensão de processos contra Trump por interferência eleitoral e ocultação de documentos em mansão na Flórida.



Em uma reviravolta surpreendente nesta segunda-feira, o promotor especial Jack Smith entrou com um pedido de suspensão de dois processos contra Donald Trump. As acusações incluem tentativa de interferência no processo eleitoral de 2020 e ocultação de documentos secretos em sua mansão na Flórida.

Essa decisão controversa foi tomada considerando uma diretriz do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que proíbe ações legais contra presidentes em exercício. A justificativa por trás dessa suspensão está relacionada ao retorno de Trump à Casa Branca, como presidente eleito.

Em um pedido de seis páginas apresentado à juíza Tanya Chutkan, Smith explicou as consultas realizadas dentro do Departamento de Justiça, indicando que a Constituição exige a suspensão do caso antes que o réu assuma a presidência. No entanto, o promotor deixou claro que essa decisão não implica na inocência de Trump, e que todos os outros envolvidos continuarão sendo processados por cumplicidade com o presidente eleito.

A juíza Chutkan concordou prontamente em rejeitar as acusações de interferência nas eleições federais, enquanto Smith também solicitou a remoção de Trump como co-réu em um caso sobre o suposto mau uso de documentos confidenciais.

É importante ressaltar que, mesmo com o arquivamento temporário dos processos, a possibilidade de abrir novas acusações contra Trump no futuro ainda está em aberto. A expressão “sem prejuízo” utilizada nos pedidos de arquivamento sugere que as acusações podem ser reapresentadas após o término do mandato presidencial de Trump.

Durante os últimos anos, Jack Smith trabalhou incansavelmente para levar Trump a julgamento, tornando-o o primeiro ex-presidente a enfrentar processos criminais nas esferas federal e estadual nos Estados Unidos. No entanto, Trump conseguiu postergar a maioria dos processos, acusando Smith e o Departamento de Justiça de perseguição política.

O ex-presidente, por sua vez, reagiu às acusações nas redes sociais, classificando os casos como “vazios e ilegais” e afirmou que nunca deveriam ter sido abertos. A solução para este imbróglio jurídico permanece incerta, mas uma coisa é certa: a batalha legal entre Trump e a justiça americana está longe de chegar ao fim.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo