Essa decisão controversa foi tomada considerando uma diretriz do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que proíbe ações legais contra presidentes em exercício. A justificativa por trás dessa suspensão está relacionada ao retorno de Trump à Casa Branca, como presidente eleito.
Em um pedido de seis páginas apresentado à juíza Tanya Chutkan, Smith explicou as consultas realizadas dentro do Departamento de Justiça, indicando que a Constituição exige a suspensão do caso antes que o réu assuma a presidência. No entanto, o promotor deixou claro que essa decisão não implica na inocência de Trump, e que todos os outros envolvidos continuarão sendo processados por cumplicidade com o presidente eleito.
A juíza Chutkan concordou prontamente em rejeitar as acusações de interferência nas eleições federais, enquanto Smith também solicitou a remoção de Trump como co-réu em um caso sobre o suposto mau uso de documentos confidenciais.
É importante ressaltar que, mesmo com o arquivamento temporário dos processos, a possibilidade de abrir novas acusações contra Trump no futuro ainda está em aberto. A expressão “sem prejuízo” utilizada nos pedidos de arquivamento sugere que as acusações podem ser reapresentadas após o término do mandato presidencial de Trump.
Durante os últimos anos, Jack Smith trabalhou incansavelmente para levar Trump a julgamento, tornando-o o primeiro ex-presidente a enfrentar processos criminais nas esferas federal e estadual nos Estados Unidos. No entanto, Trump conseguiu postergar a maioria dos processos, acusando Smith e o Departamento de Justiça de perseguição política.
O ex-presidente, por sua vez, reagiu às acusações nas redes sociais, classificando os casos como “vazios e ilegais” e afirmou que nunca deveriam ter sido abertos. A solução para este imbróglio jurídico permanece incerta, mas uma coisa é certa: a batalha legal entre Trump e a justiça americana está longe de chegar ao fim.