Damiana relembrou que sua gravidez transcorreu tranquilamente até que, com sete meses, desenvolveu diabetes gestacional e polidrâmnio, sendo obrigada a permanecer internada na Maternidade Escola Santa Mônica até o parto. O bebê, chamado Theo, nasceu com sinais de icterícia e um sopro no coração, o que levou a diversos exames e, finalmente, a descoberta de uma interrupção do arco aórtico durante uma cirurgia.
Após uma série de complicações, Theo está atualmente na UTI Pediátrica do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, recebendo cuidados especializados de uma equipe multidisciplinar. A equipe do projeto Respirar decidiu realizar uma broncoscopia para avaliar a possibilidade de retirada da traqueostomia, permitindo assim que o ar passe diretamente para os pulmões sem precisar passar pela via respiratória alta.
A cirurgiã torácica Maria Carolina Malafaia explicou que, embora no momento não tenha sido possível a retirada da cânula, o exame trouxe informações cruciais para futuras intervenções visando a decanulação. O coordenador do projeto, Dr. Wander Cardoso, destacou a importância do cuidado integral prestado, com a meta de possibilitar a liberdade e saúde dessas crianças no futuro.
O projeto Respirar também visa a construção de um banco de dados para monitorar os benefícios obtidos pelo tratamento dessas crianças, visando aprimorar o rastreio estatístico e melhorar a previsão de óbitos pediátricos relacionados a problemas respiratórios obstrutivos. O secretário de Estado da Saúde, Dr. Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou a importância do impacto do projeto na vida dos pacientes e seus familiares, salientando a dedicação da equipe em proporcionar um tratamento humanizado e eficaz. Com todo o suporte do Sistema Único de Saúde (SUS), o projeto Respirar continua a cuidar das crianças alagoanas com comprometimento e empenho.