Projeto de reflorestamento na Amazônia fecha acordo histórico com a Microsoft para venda de créditos de carbono

A gigante da tecnologia Microsoft fez um grande avanço no mercado de carbono voluntário do Brasil ao firmar um acordo para adquirir créditos de um ambicioso projeto de reflorestamento na Amazônia.

O acordo consiste na compra de até 1,5 milhão de créditos de remoção de carbono até 2032 da startup Mombak Gestora de Recursos, que busca mitigar os danos do desmatamento na região amazônica. A Microsoft investiu dois anos em consultoria e análise do projeto antes de fechar o acordo, cujos termos financeiros não foram divulgados.

Brian Marrs, diretor sênior de energia e remoção de carbono da Microsoft, afirmou que a empresa procura construir mercados ao adquirir créditos de carbono e espera que o modelo adotado no Brasil possa ser replicado em outras jurisdições. Ele também ressaltou que a empresa busca projetos que realmente removem carbono, em oposição a compensações que apenas evitam a emissão de novos gases.

Com a parceira com a Mombak, a Microsoft se compromete a participar de um projeto para o plantio de mais de 30 milhões de árvores no estado do Pará, na Amazônia. Este empreendimento faz parte do plano da empresa para se tornar carbono negativa até 2030. Além disso, o acordo coincide com as negociações climáticas da COP28 em Dubai, onde ambas as empresas estão presentes.

A Mombak busca se destacar em um mercado que já foi alvo de críticas devido à falta de embasamento científico de alguns projetos. Ao receber o selo de aprovação da Microsoft, a startup espera atrair mais investimentos para expandir seus projetos de reflorestamento no Brasil.

Comenta-se que a empresa também planeja se tornar uma das cinco empresas mais valiosas a obter uma grande oferta de remoção de carbono baseado na natureza no Brasil. Este reconhecimento fortalecerá a capacidade da Mombak para arrecadar mais fundos e expandir suas operações.

Portanto, a parceria entre Microsoft e Mombak representa um passo significativo para o mercado de carbono voluntário no Brasil, sinalizando um crescente interesse em projetos de reflorestamento e sustentabilidade e evidenciando a importância da Amazônia como alvo de investimentos voltados para a preservação do meio ambiente.

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