Projeto de lei sobre energias offshore gera intensos debates em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.



Na última terça-feira (20), a Comissão de Infraestrutura (CI) promoveu uma audiência pública para debater um projeto de lei que visa ampliar a produção de energia elétrica no país, explorando o potencial energético offshore, ou seja, em alto mar. Este projeto, que está em tramitação no Senado, vem causando discordâncias entre os participantes, principalmente devido às emendas inseridas na Câmara dos Deputados.

O PL 576/2021, de autoria do ex-senador Jean Paul Prates, foi aprovado no Senado e modificado pelos deputados ao retornar para a casa legislativa. O texto apresenta a prorrogação de subsídios para térmicas a carvão mineral e a contratação compulsória de térmicas a gás inflexíveis, entre outras medidas.

Durante a audiência, diversos senadores e representantes de associações e entidades do setor energético expuseram suas opiniões e preocupações. O senador Marcos Rogério, autor do requerimento para a audiência, destacou a importância de uma discussão ampla sobre o tema, considerando o impacto das diferentes fontes de energia, especialmente diante da intermitência das fontes hidráulicas no Brasil.

Por outro lado, o presidente da Abradee, Marcos Madureira, alertou que as emendas adicionadas ao projeto podem causar um aumento significativo nos custos para os consumidores, estimando um acréscimo de 11% até 2050. Já Luiz Eduardo Barata Ferreira, presidente da FNCE, defendeu a aprovação do PL das eólicas offshore, mas alertou para os impactos das emendas da Câmara na conta dos consumidores.

Representantes de entidades ligadas às energias renováveis, como a ABEeólica e a Abragel, destacaram a importância das eólicas offshore para o país, ressaltando os benefícios econômicos e ambientais que podem ser gerados. Porém, houve divergências quanto às termelétricas, com alguns defendendo sua relevância e outros questionando sua necessidade diante do avanço das energias limpas.

Diante dessas discussões e divergências, o Senado se vê diante de um grande desafio ao analisar o PL 576/2021 e decidir sobre as emendas propostas. A questão energética é estratégica para o país, envolvendo interesses econômicos, ambientais e sociais que precisam ser equacionados com responsabilidade e compromisso com o futuro sustentável da nação.

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