Projeto de Lei proíbe descarte cruel de pintinhos machos na indústria de ovos: entenda os detalhes da proposta em tramitação.


Na última semana, foi apresentado o Projeto de Lei 783/24, que tem como objetivo proibir o descarte de pintos machos por meio de métodos considerados cruéis, como trituração, eletrocussão, sufocamento ou meios similares. A deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP) é a autora da proposta e destaca que, na produção intensiva de ovos, os pintinhos machos não possuem valor econômico para a indústria avícola.

De acordo com a deputada, esses animais não são úteis para a produção de ovos e não alcançam os padrões de crescimento e qualidade desejados pela indústria de carne de frango, sendo descartados logo após saírem dos ovos. Os métodos mais comuns de descarte utilizados pela indústria incluem a trituração dos animais ainda vivos e o sufocamento, práticas consideradas cruéis.

A importância de se reconhecer a capacidade de sentir emoções dos animais desde uma idade precoce é ressaltada pela deputada, que destaca a necessidade de legislações que protejam esses seres. Países como França, Alemanha e Suíça já proibiram a trituração de pintinhos, seguindo uma linha de proteção dos direitos dos animais.

Além de proibir o descarte de pintos machos de forma cruel, o projeto também prevê que, quando houver uma tecnologia de sexagem in ovo disponível comercialmente, os incubatórios e empresas que comercializam aves recém-nascidas deverão descartar os ovos até o sexto dia após a incubação. As empresas terão um ano para se adequarem à lei nesse caso.

Outro ponto abordado no projeto é a necessidade de justificativa por motivo de risco à saúde pública para o descarte de aves em qualquer etapa do desenvolvimento. Quando necessário, o descarte deve ser feito com a insensibilização prévia dos animais, buscando minimizar ao máximo o sofrimento das aves.

As penalidades para quem descumprir a lei incluem multa de 2% do faturamento por animal descartado, aumentando em caso de reincidência. O projeto já está em tramitação nas comissões pertinentes da Câmara dos Deputados e aguarda análise das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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