Projeto de Lei busca modernizar inspeção sanitária de produtos artesanais de origem animal através de tecnologias digitais inovadoras.



A Câmara dos Deputados está analisando o Projeto de Lei 2756/24, que propõe a implementação de tecnologias digitais para modernizar e desburocratizar a inspeção sanitária de produtos artesanais de origem animal. De acordo com o autor da proposta, deputado Ulisses Guimarães (MDB-MG), a burocracia excessiva e a falta de tecnologias adequadas têm impactado negativamente o desenvolvimento e a competitividade dos produtores artesanais, prejudicando a qualidade de vida no campo e a viabilidade econômica de suas atividades.

O deputado destaca que as tecnologias digitais, como blockchain, sensores de internet das coisas e plataformas integradas, podem simplificar procedimentos, aumentar a transparência e eficiência do sistema, além de garantir a agilidade necessária para que os produtores rurais possam operar de forma sustentável e competitiva.

O projeto prevê a criação do Portal do Empreendedor Rural para registro e certificação dos produtores artesanais. Os profissionais responsáveis pela inspeção deverão estar registrados nos conselhos correspondentes e realizar cursos online sobre inspeção, produção artesanal e uso do sistema no portal.

Além disso, a validação digital das informações dos produtores será feita por tecnologias de reconhecimento digital. A lista de documentos a ser fornecida pelos produtores inclui análise de água, certificação de controle de brucelose e tuberculose, identificação da origem da matéria-prima e verificação de conformidade com boas práticas agropecuárias e de fabricação.

O projeto também propõe a adoção de tecnologia de registros distribuídos para garantir a rastreabilidade dos produtos artesanais, bem como a utilização de sensores de internet das coisas para monitorar continuamente as condições sanitárias e de produção.

Para viabilizar a implementação dessas tecnologias, o projeto prevê financiamento por meio de alocações específicas no orçamento da União, parcerias público-privadas e fundos de desenvolvimento rural. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões competentes antes de ser votada pelos deputados e senadores para se tornar lei.

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